Na paróquia de S. Mamede de Guisande são realizadas várias festas de carácter religioso, a maior parte relacionada ao calendário litúrgico oficial e por isso comuns à comunidade católica portuguesa e mundial, nomeadamente as relacionadas com o nascimento, paixão, morte e ressurreição de Jesus.
Logo no início do ano, em Janeiro, no dia 20 ou no domingo mais próximo, tem lugar a festividade dedicada ao mártir S. Sebastião e a Nossa Senhora das Dores. Por tradição esta festividade é composta por procissão da capela do Viso à igreja matriz onde é celebrada uma missa solene. Na procissão tomam parte os andores dos referidos santos. Não tem sido regra mas noutros tempos na parte da tarde do dia havia lugar para a reza do Terço.
Depois dos ritos e festas ligadas à Quaresma e Páscoa, segue-se a Festa do Santíssimo Sacramento, em Dia de Corpo de Deus, normalmente no mês de Junho. Para a organização desta festividade também conhecida entre nós por Festa do Senhor, é nomeada, sensivelmente com um ano de antecedência, uma Comissão de Festas composta por homens casados, que para além dos aspectos organizativos tem a responsabilidade de tirar o peditório pela freguesia, o que normalmente acontece num domingo na parte da manhã.
Nos últimos anos não tem sido regra, já que passou a ser realizada anualmente e nem sempre neste dia de feriado, mas noutros tempos a celebração da Profissão de Fé ou Comunhão Solene acontecia bienalmente sempre nesta Dia de Corpo de Deus pelo que a Comissão também se responsabilizava por alguns aspectos como a contratação da Banda de Música, fogueteiro, ornamentação ou enfeites, etc.
Coincidindo com a Comunhão Solene, a festividade consta de concentração junto à capela do Viso e partida em procissão simples para a igreja matriz onde ali é celebrada a missa solene. Já na parte da tarde, a reza do terço seguida de procissão solene até à capela do Viso onde após breve cerimônia de dedicação a Nossa Senhora da Boa Fortuna regressa à igreja para nova cerimônia da oferta dos ramos a Nossa Senhora da Conceição e a entrega dos diplomas ou certificados.
É pois um dia grande para a paróquia a Festa do Senhor quando coincide com a realização da Comunhão Solene.
Noutros tempos era enfeitado todo o percurso desde a igreja matriz até à capela do Viso, em cujos trabalhos participavam não só os pais das crianças e os membros da Comissão de Festa mas toda a freguesia. Era regra todo o percurso ser dividido em troços cada um atribuído a um dos 14 lugares da freguesias. Claro está que cada lugar esmerava-se por enfeitar de forma efusiva o bocado que lhe calhava. De todos estes bocados que compunham o percurso, é de realçar a qualidade do correspondente ao lugar de Estôze, que tinha a responsabilidade de enfeitar o adro. Belas e elaboradas flores de papel eram sempre um regalo para a vista e que requeriam muito trabalho e dedicação prévios para além da arte e do saber.
É verdade que nos nossos dias são menos as crianças e por conseguinte menos os pais e por isso a tarefa tradicional de enfeitar o percurso é feita de forma mais ligeira, e praticamente na envolvente da igreja e da capela. "O povo é que faz a guerra", costuma dizer o nosso povo, pelo que sem povo tem sido quase perdida esta "guerra" de manter vivas algumas das nossas melhores tradições sobretudo as que envolviam e entusiasmavam toda a freguesia.
Noutros tempos era enfeitado todo o percurso desde a igreja matriz até à capela do Viso, em cujos trabalhos participavam não só os pais das crianças e os membros da Comissão de Festa mas toda a freguesia. Era regra todo o percurso ser dividido em troços cada um atribuído a um dos 14 lugares da freguesias. Claro está que cada lugar esmerava-se por enfeitar de forma efusiva o bocado que lhe calhava. De todos estes bocados que compunham o percurso, é de realçar a qualidade do correspondente ao lugar de Estôze, que tinha a responsabilidade de enfeitar o adro. Belas e elaboradas flores de papel eram sempre um regalo para a vista e que requeriam muito trabalho e dedicação prévios para além da arte e do saber.
É verdade que nos nossos dias são menos as crianças e por conseguinte menos os pais e por isso a tarefa tradicional de enfeitar o percurso é feita de forma mais ligeira, e praticamente na envolvente da igreja e da capela. "O povo é que faz a guerra", costuma dizer o nosso povo, pelo que sem povo tem sido quase perdida esta "guerra" de manter vivas algumas das nossas melhores tradições sobretudo as que envolviam e entusiasmavam toda a freguesia.
Já em pleno Verão, logo e sempre no primeiro domingo do mês de Agosto é tradição antiga a realização da festa em Honra de Nossa Senhora da Boa Fortuna e de Santo António, que se veneram na capela do Viso, por isso também conhecida entre nós e redondezas por Festa do Viso ou Festa no Viso.
Para a organização desta festa é eleita uma Comissão de Festas composta por dois homens casados e dois solteiros e duas mulheres solteiras, as mordomas. Por regra apenas são eleitos uma única vez.
Para mais pormenores sobre esta festividade, a mais importante da freguesia sob um ponto de vista popular, profano e religioso, ler aqui um artigo próprio.
Já depois do Verão, surgem as festividades da Senhora do Rosário (no primeiro domingo de Outubro), também com Comissão de Festas que realiza peditório, missa solene na igreja matriz e procissão ao redor do adro. Finalmente, em Dezembro, no feriado nacional do dia 8, tem lugar a festa da Senhora da Conceição, para a qual também é eleita uma Comissão de Festas a qual recolhe a esmola do peditório.
Finalmente, a terminar o ano, e logo depois do Tempo do Advento, surgem as festividades natalícias, com Natal, Ano Novo e Dia de Reis, com as fortes componentes religiosas mas também familiares com as tradicionais consoadas. Obviamente que para além do carácter universal das festas ou ritos associadas ao Natal e Páscoa, estas têm na nossa paróquia especificidades e tradições muito próprias, como a eleição e a função do Juíz da Cruz, entre outras.