Por esta altura de pré-campanha para as eleições autárquicas do próximo dia 1 de Outubro é natural que haja alguma desinformação e contra-informação, alguma por ignorância, outra intencional.
Neste momento, há algumas situações que já estão definidas, desde logo a composição das diferentes listas as quais já deram entrada no Tribunal. Não sendo ainda conhecidas oficialmente, já se sabe quem na nossa União de Freguesias encabeçará as listas.
Pela minha parte, conforme já justifiquei, estarei de fora e a minha relação com as próximas eleições será apenas a de um eleitor independente, ainda sem definição de intenção de voto, já que estou a aguardar pela listas, seus nomes e pelos respectivos programas para poder decidir de acordo com os mesmos.
Apesar disso, porque têm surgido algumas dúvidas, volto a referir que a minha decisão de não recandidatura deve-se a algumas opções pessoais e obviamente pela assunção das responsabilidades próprias, por considerar que as coisas não correram conforme eu tinha perspectivado e por isso com alguma natural desilusão. Mas esta é apenas uma conclusão e responsabilidade pessoais pelo que não falo pelos outros mas apenas pela parte que me toca. Porventura as minhas expectativas estavam desajustadas e exageradas face a uma realidade que no começo ainda desconhecia, nomeadamente o peso das responsabilidades herdadas das juntas extintas, nomeadamente de Guisande e Gião e que em muito dificultaram a acção e programa da Junta. Estas dificuldades objectivas, aliadas a um mandato curto e com as exigências de uma nova realidade administrativa, obviamente que marcaram todo o mandato. Quem quiser fizer uma análise de boa fé não pode deixar de as ter em conta.
Quanto ao convite, confirmo que, embora algo tardiamente, fui convidado pelo presidente a recandidatar-me para um lugar no executivo ou mesmo, recusada essa primeira hipótese, para a Assembleia de Freguesia, o que registei com apreço mas que, obviamente, declinei ambas as situações. Ficou assim livre o presidente para convidar quem quer que fosse para suprimir o meu lugar, não tendo eu indicado ou referenciado qualquer pessoa como alternativa. Por isso a escolha feita não teve nada a ver comigo nem teria que ter.
Em resumo, não se tendo seguido um modelo de gestão baseado em alguma autonomia para os representantes das freguesias, que eu pessoalmente entendia como o mais adequado, porque decorrente de um melhor conhecimento das realidades locais, todavia, sempre procurei compreender e respeitar o modelo seguido, mesmo que o considerasse como marcadamente presidencialista, com os defeitos e virtudes inerentes. Nestes três anos nunca deixei de colaborar com o executivo. Fi-lo sempre, como já o disse, consciente de que bem acima do que seria suposto exigir-se a um simples vogal a quem a Junta, por definição legal, paga pouco mais que quarenta euros mensais.
Em todo este processo de convite, não guardo obviamente rancor ou desconsideração contra quem quer que seja. Se alguma desilusão sobra deste assunto, para além de ter sido feito tardiamente, foi a forma como a concelhia do partido tratou ou não tratou do assunto. Eram elementares alguns procedimentos de consulta ou "apalpar do pulso", que a meu ver não foram considerados com tempo nem mesmo a destempo. Mas isso são outras histórias e que para o caso já não contam para o totobola, sendo que ficam registadas.
Os dados estão agora lançados e que todos os intervenientes façam o seu melhor pois, como também já disse, acredito que todos, mesmo que com diferentes estilos, projectos e visões, querem o melhor para a União de Freguesias e a sua população. Acima de tudo que seja uma campanha esclarecedora e sem ataques pessoais como, infelizmente, fui vítima há três anos.