...Estamos, pois, no final de um mandato e no lançamento de novas eleições e de um novo ciclo. As eleições de 2013 e 2014 são já passado e o passado é lá atrás. Importa agora olhar para a frente.
É certo que já na recta final e já em período de pré-campanha, ainda faço parte do executivo da Junta da nossa União de Freguesias, embora não como recandidato nem integrando qualquer lista concorrente às próximas eleições de 1 de Outubro. Por isso, na qualidade de cidadão independente, não concorrente e sem interesses directos ou indirectos no resultado das próximas eleições, creio assim poder ter alguma legitimidade para emitir opiniões sobre alguns aspectos ligados ao processo, de resto no livre direito de cidadania.
Neste contexto, parece-me que nesta altura e para estas eleições de 2017 porventura não será a estratégia mais adequada para a lista do PSD o voltar à carga com a questão do ônus do "impedimento" por parte do PS- Partido Socialista, estratégia que parece transparecer do texto de um infomail de apresentação distribuído por estes dias nas caixas de correio, em que se começa por dizer que "Há quatro anos fomos impedidos pelo PS de formar a Junta da nossa União de Freguesias".
Pessoalmente acho esta "insistência" uma estratégia algo despropositada e já fora de tempo, porque se o PS teve algumas responsabilidades em 2013, e teve certamente, já as pagou e foi julgado por elas em 2014 nas eleições intercalares. Certamente que os seus elementos perceberam-no pelo resultado das eleições em que foi dada uma maioria absoluta à lista do PSD. Estamos, pois, no final de um mandato e no lançamento de novas eleições e de um novo ciclo. As eleições de 2013 e 2014 são já passado e o passado é lá atrás. Importa agora olhar para a frente.
Pessoalmente acho esta "insistência" uma estratégia algo despropositada e já fora de tempo, porque se o PS teve algumas responsabilidades em 2013, e teve certamente, já as pagou e foi julgado por elas em 2014 nas eleições intercalares. Certamente que os seus elementos perceberam-no pelo resultado das eleições em que foi dada uma maioria absoluta à lista do PSD. Estamos, pois, no final de um mandato e no lançamento de novas eleições e de um novo ciclo. As eleições de 2013 e 2014 são já passado e o passado é lá atrás. Importa agora olhar para a frente.
De momento não conheço oficialmente o cabeça-de-lista pelo Partido Socialista à Assembleia de Freguesia e por consequência à Junta da União de Freguesias, mas mesmo que venha a ser o mesmo cabeça-de-lista de há três anos, como se tem falado oficiosamente, não me parece legítimo que lhe voltem a ser assacadas estas responsabilidades porque se as teve foram já saldadas pelo resultado das últimas eleições. Por outro lado, quanto às responsabilidades e dívidas herdadas de anteriores Juntas (Gião e Guisande), é um facto que as mesmas se traduziram em indesmentíveis e sérias dificuldades na gestão do ainda actual executivo, limitando em muito as obras que no início foram propostas ou perspectivadas, bem como impediram por dificuldades financeiras o aumento do quadro de pessoal comprometendo aspectos básicos como a limpeza regular das ruas e espaços públicos. Não perceber o peso desta herança é estar de má fé. Todavia, também não é menos verdade que a mesma foi da responsabilidade de Juntas já extintas e de pessoas (do PSD e do PS) que já estiveram e estão afastadas do processo. É certo que deveriam ter sido responsabilizadas em devido tempo e pelos meios legais, mas não o tendo sido até aqui, nem activados os meios que poderiam conduzir a essa responsabilização (nomeadamente por uma auditoria às anteriores gestões), não me parece razoável e justo que se pretenda agora continuar a responsabilizar porventura quem teve menos ou mesmo nenhuma culpa por essa herança.
Posto isto, e é apenas a minha livre opinião, neste momento tão isenta quanto possível, considero que a estratégia de qualquer lista concorrente para estas eleições de 2017 deve passar por falar de projectos, de compromissos, da competência e qualidade das pessoas para os concretizar, desde logo a disponibilidade, proximidade, genuinidade e acima de tudo respeito na teoria e na prática pelas identidades e características próprias de cada uma das freguesias. Também como pontos fundamentais, será importante que os representantes de cada freguesia tenham alguma autonomia na gestão quotidiana, fundamentada no conhecimento que devem ter das mesmas, e ainda um presidente para a totalidade da União de Freguesias e não apenas para a freguesia de Lobão, e digo isto obviamente num sentido geral e transversal a todos os concorrentes e partidos já que pelo que se sabe, ambos apresentam cabeças-de-lista naturais de Lobão o que já por si denota algum sentido de preponderância, altivez e superioridade que não é nada positivo. Ora é importante que esta selectividade e predominância de Lobão e lobonenses, mesmo que aparentes, sejam contrariadas no terreno, no dia-a-dia, com posturas de igual interesse e dedicação pela totalidade do território e população da União de Freguesias. Quem perceber e corporizar estes requisitos necessariamente estará mais próximo das populações e dos seus problemas e por conseguinte poderá fazer mais obra. De resto, como já o disse, não tenho dúvidas que quem vier a formar Junta terá muito melhores condições para realizar um melhor trabalho. Essa será a parte fácil. A parte difícil será fazer pior.
Américo Almeida