14 de janeiro de 2018

Rio navegável


Tal como se esperava, Rui Rio venceu ontem as eleições directas no PSD e vai ser assim o seu próximo presidente. O adversário neste acto eleitoral, Pedro Santana Lopes fez o que melhor sabe fazer, estar em todas, mas mesmo com um pressuposto, a meu ver, errado, de que as causas do partido são mais importantes que as causas do país, ou que estas só devem ser defendidas ou atingidas a partir daquelas, todavia, dignificou e enriqueceu a disputa e por isso sai naturalmente de consciência tranquila. Os militantes devem reconhecer-lhe esse mérito e, obviamente, poder contar com ele.
Sigo este assunto com um interesse relativo, sem ser militante e assim apenas como espectador independente, mas há coisas que à partida nos parecem demasiado evidentes para se pensar em cenários diferentes. Mas nestas coisas, ou por interesses vários, mesmo que legítimos, ou por má avaliação estratégica ou política, há sempre quem teime em apostar no "cavalo" errado, uma após outra vez.
De forma mais intimista e mesmo de amizade pessoal, de alguma maneira fico satisfeito e feliz por ver que alguns dos meus ex-colegas de Junta, com uma visão mais à frente, como o Pedro Serralva e a Marta Costa, estes bem mais políticos que eu, que tal como acontecera nas eleições para a distrital do PSD, se envolveram numa das alternativas, a vencedora, e por isso a sua satisfação com a vitória de Rui Rio, de algum modo, também é minha.