Futebolisticamente falando, nunca fui simpatizante do C.D. Feirense. E obviamente não é de agora, mas de há muito, quando no concelho ainda da Vila da Feira, simpatizava primeiramente com o U. de Lamas e, apesar de rivais entre si, seguindo na preferência o Lusitânia de Lourosa. Claro que por esses tempos, todos estes clubes eram clientes regulares da então 2º Divisão Nacional o que dava outra dimensão e interesse à rivalidade. Pelos meus 16 anos, ao domingo à tarde, ia com frequência à bola, com meu primo e meu tio, e vem daí, ou mesmo de antes, a simpatia pelo U. de Lamas e alguma "aversão clubista" ao Feirense.
É certo que o C.D. Feirense foi sempre o mais forte e importante clube e equipa de futebol no nosso concelho, e bastará recorrer ao seu histórico e ao facto de por diversas vezes ter já militado na divisão principal do nosso futebol. Por isso, remexendo nas minhas velhas colecções de cromos dos anos 70, como a das imagens acima, lá está o clube feirense de azul e branco, com nomes como Portela, Cândido, Seminário, Dário, Bites, Germano e tantos outros, de bigodaça ou de farta cabeleira, como era regra por esses anos.
Mas, talvez por perceber que pelos idos anos 70 e por aí fora foi sempre o clube protegido do sistema, o que colhia recorrentemente mais apoio da Câmara Municipal, em detrimento dos demais, a minha simpatia clubística nunca pendeu para o clube da sede. Se hoje ainda há um forte centralismo à volta do castelo, nesses tempos era mais descarado, de resto em alinhamento com o que era natural noutras cidades e vilas deste nosso país. Era o tempo dos sacos azuis e outros quejandos em que o apoio ao futebol, mesmo o da terrinha, era um trampolim para a política e para vantagens eleitoralistas.
Mas, talvez por perceber que pelos idos anos 70 e por aí fora foi sempre o clube protegido do sistema, o que colhia recorrentemente mais apoio da Câmara Municipal, em detrimento dos demais, a minha simpatia clubística nunca pendeu para o clube da sede. Se hoje ainda há um forte centralismo à volta do castelo, nesses tempos era mais descarado, de resto em alinhamento com o que era natural noutras cidades e vilas deste nosso país. Era o tempo dos sacos azuis e outros quejandos em que o apoio ao futebol, mesmo o da terrinha, era um trampolim para a política e para vantagens eleitoralistas.
Em todo o caso, reconhecendo a importância e a dinâmica do C.D. Feirense não só no contexto municipal mas até mesmo nacional, naturalmente que fico satisfeito e até com orgulho que o nosso concelho tenha um clube na divisão principal e que por lá ande muitos e muitos anos, mas que sou simpatizante, não sou.
Infelizmente, depois de na época anterior ter tido uma bonita e meritória classificação, neste momento a equipa está a passar por uma fase menos boa e que a tem conduzido aos últimos lugares da classificação geral e já em zona de despromoção, por isso o primeiro dos últimos. Se no jogo de logo à noite o Moreirense, hipotéticamente, vencer ou mesmo empatar em Alvalade o Sporting, o C.D. Feirense passará a ser o lanterna vermelha.
Esperemos que consiga voltar aos resultados positivos e que no final da época possa continuar na I Liga. Afinal, o Manta não pode passar de bestial a besta apenas de uma para outra época. Mesmo sem ser simpatizante, estou naturalmente a torcer pelo êxito da equipa.