Se há sítio onde se contam tretas, e das grandes, e se partilham indefinidamente como sendo verdades, é a rede social Facebook. Ainda hoje, alguém partilhou, muito escandalosamente, que Portugal está em 5º lugar na lista dos países mais corruptos do mundo. Obviamente que é uma treta e depois há que ter em conta que estes rankings ou listas são diversas e os seus supostos resultados dependem muito das entidades que as fazem, dos critérios e países analisados. Uma coisa é estar-se em 5º numa lista de 20 ou 30 países outra é entre 100 ou 200.
Por exemplo, de acordo com a organização não governamental Transparency International, que analisa o índice de corrupção em 180 países, classificando-os numa escala de 0 a 100, sendo que 100 significa o número máximo de “pureza” ou transparência”, enquanto o 0 é o nível máximo de corrupção, o estudo coloca Portugal na posição 29ª no que se refere a transparência, à frente de países europeus como Polónia, Espanha, Itália e Grécia, entre outros. A Nova Zelândia, Dinamarca e Finlândia encabeçam o pódio dos países mais transparentes.
Em resumo, bem acima da maioria dos países identificados. Como se poderá ver pela lista, referente a 2017, é uma posição bem menos "feia" do que muitos a pretendem pintar.
Em resumo, bem acima da maioria dos países identificados. Como se poderá ver pela lista, referente a 2017, é uma posição bem menos "feia" do que muitos a pretendem pintar.
Portanto se gosta de tretas e escândalos, acredite no Facebook e partilhe sem se dar ao mínimo trabalho de pesquisar a credibilidade das fontes e de verificar se há alguma pinta de verdade.
Em todo o caso, sim, Portugal em termos médios europeus continua ainda com muito caminho por percorrer rumo a mais transparência e a partir dela menos corrupção, como refere João Paulo Batalha, presidente da Transparency International Portugal, acrescentando que"... Portugal não tem evoluído significativamente no índice ao longo dos anos em que este é gerado. “Esta estagnação é o retrato da falta de vontade política em adotar uma abordagem frontal a este problema crítico para o bom funcionamento das instituições e para a capacidade de a nossa economia ser competitiva e captar investimento e gerar emprego”.
Em todo o caso, sim, Portugal em termos médios europeus continua ainda com muito caminho por percorrer rumo a mais transparência e a partir dela menos corrupção, como refere João Paulo Batalha, presidente da Transparency International Portugal, acrescentando que"... Portugal não tem evoluído significativamente no índice ao longo dos anos em que este é gerado. “Esta estagnação é o retrato da falta de vontade política em adotar uma abordagem frontal a este problema crítico para o bom funcionamento das instituições e para a capacidade de a nossa economia ser competitiva e captar investimento e gerar emprego”.