15 de abril de 2018

Amanhã será segunda-feira e depois terça e depois...


Que bonito, que lírico, ver o entusiasmo à hora da partida dos "soldados"para uma "batalha", por mais literal que seja sem o dever ser. Mas, e à hora da chegada se os que partiram voltarem cabisbaixos como derrotados? Estarão à sua espera os mesmos que os aplaudiram à partida? Ou serão menos? Ou bem mais, para em vez de aplausos haver lugar aos assobios, vaias e críticas. E que filme tão repetido é este que até enjoa de previsibilidade....Os bestiais e as bestas.

Tudo é tão volátil e e ao sabor dos ventos que custa a acreditar que a certeza e sonhos por vitórias antecipadas possa residir em cenários, fumos e bandeirolas como se quem fizer mais barulho e demonstrar mais aparato é que é mais forte e melhor, um pouco como na vida animal em que minúsculos seres se incham e inflamam de ar ou a matraquear os bicos para mostrarem aquilo que não são e com isso tentar impressionar adversários. Assim, como antídoto a alguma fanfarronice, para qualquer exército, nada melhor que manter sempre os pés assentes na terra e alguma distância e sobretudo respeito pela valia de cada adversário, mesmo que uma jovem ala de namorados, porque o que for há-de ser  e quem vai à guerra dá e leva e amanhã será segunda-feira e depois terça e depois por aí fora.