Terminou ontem a competição principal do nosso futebol a chamada I Liga Nos. Para além do vencedor que já estava "decidido" desde o jogo Benfica-Porto, ficou resolvida a questão do segundo lugar, com o Benfica a vencer com dificuldades o jogo caseiro com o Moreirense, e terceiro lugar para o Sporting, face à derrota na Madeira frente ao Marítimo. O Braga poderia ter saltado para o terceiro lugar mas não foi capaz de levar de vencida o Rio Ave em Vila do Conde.
A coisa esteve mais dramaticamente animada na luta pela manutenção. No final sorriram o Feirense, Vitória de Setúbal e Moreirense. Choraram os amarelos do Estoril e do Paços de Ferreira.
Analisando as reacções pelos comentários nas redes sociais e jornais online, sempre com muito fanatismo e radicalismo, argumentam os adeptos benfiquistas que o Paços de Ferreira já merecia há muito estar nas divisões secundárias depois daquele frete ao F.C. Porto num jogo decisivo numa última jornada, em que tanto o então treinador, Paulo Fonseca como o jogador Josué estavam já de malas feitas para o clube das Antas. A vitória que garantia o título começou com um penalti cometido fora da área com um passe de morte de...Josué, para o avançado portista. Estranho.
Quanto ao Estoril, depois do não menos estranho jogo com o F.C. do Porto, que foi interrompido ao intervalo, quando ganhava por 1-0, por suposto perigo de colapso de uma bancada que ainda continua bem firme, a segunda parte desse jogo realizada passadas umas boas semanas, argumenta-se que foi um "esquisito abrir de pernas" para uma reviravolta com goleada. Pelo meio desse longo intervalo houve ainda um pagamento de uma antiga dívida dos azuis aos amarelos. Azul com amarelo dá verde. Mas outros, ainda, têm uma teoria mais sinistra, argumentando que o destino da equipa capital do móvel ficou traçado desde que há algumas jornadas atrás teve a ousadia de vencer o F.C. do Porto, deixando Sérgio Conceição, no seu estilo habitual de mau perder, em modo agressivo, e toda a estrutura azul e branca, muito crítica pelo anti-jogo dos castores. Terá sido por isso?
Verdade ou mentira, tudo coisas muitos estranhas. Assim sendo, para alguns adeptos rivais da equipa portista, estas duas equipas canarinhas estão bem entregues à II Liga. "...Que andem por lá muitos anos".
Pessoalmente, da jornada de ontem confesso que até nem me incomodaria que o Benfica ficasse em terceiro lugar na classificação final. Porventura seria mais de acordo com a política errada de desinvestimento adoptada numa época que poderia ser de penta-campeonato. Quando se dá avanço aos adversários corre-se estes riscos. As asneiras e erros devem ser penalizadas e o terceiro lugar e a perda de alguns milhões por acesso ao play off da Liga dos Campeões seria um castigo merecido.
Quanto aos jogos de ontem, em rigor, torci apenas para que o V. Setúbal se aguentasse. Por um lado pela sua história no nosso futebol e por outro lado porque simpatizo com José Couceiro, um bom treinador e com algum humanismo, coisa que vai faltando à classe de treinadores. Foi um prémio pelo espírito de sacrifício, seu e do plantel, por uma época carregada de dificuldades desportivas, directivas e financeiras..
Quanto ao Feirense, por mim fico naturalmente contente que tenha assegurado a manutenção, mas, não sendo de todo sócio adepto ou simpatizante, não perderia o sono pela descida. Mas fico contente que possa continuar entre os grandes do nosso futebol e pelo Nuno Manta, que parece-me um treinador humilde, dedicado e com futuro. Todavia, porventura a II Liga assentaria melhor na realidade estrutural e económica do clube fogaceiro, sendo que no futebol português, não só o Feirense mas todos os clubes em geral, há muito tempo que vivem bem acima das suas reais possibilidades e por isso quase todos tecnicamente falidos, vivendo de direitos televisivos e outros expedientes financeiros, alguns de investidores no mínimo duvidosos. Quando assim é...
Quanto aos jogos de ontem, em rigor, torci apenas para que o V. Setúbal se aguentasse. Por um lado pela sua história no nosso futebol e por outro lado porque simpatizo com José Couceiro, um bom treinador e com algum humanismo, coisa que vai faltando à classe de treinadores. Foi um prémio pelo espírito de sacrifício, seu e do plantel, por uma época carregada de dificuldades desportivas, directivas e financeiras..
Quanto ao Feirense, por mim fico naturalmente contente que tenha assegurado a manutenção, mas, não sendo de todo sócio adepto ou simpatizante, não perderia o sono pela descida. Mas fico contente que possa continuar entre os grandes do nosso futebol e pelo Nuno Manta, que parece-me um treinador humilde, dedicado e com futuro. Todavia, porventura a II Liga assentaria melhor na realidade estrutural e económica do clube fogaceiro, sendo que no futebol português, não só o Feirense mas todos os clubes em geral, há muito tempo que vivem bem acima das suas reais possibilidades e por isso quase todos tecnicamente falidos, vivendo de direitos televisivos e outros expedientes financeiros, alguns de investidores no mínimo duvidosos. Quando assim é...