Quando ainda lhe faltam dois jogos para concluir o campeonato de futebol da 1ª Liga , o F.C. do Porto é campeão, interrompendo um jejum de quatro anos e evitando o Benfica de se sagrar pentacampeão.
É certo que o Benfica teve tudo para ser campeão pela 5ª vez consecutiva e em teoria bastar-lhe-ía vencer o F.C. do Porto na Luz e colocar-se com uma margem pontual de 5 pontos quando ficariam a faltar quatro jornadas. Não o conseguiu e por isso o destino desta época ficou traçado. Com mais ou menos alvoroço o F.C. do Porto tornou-se campeão a quatro jornadas do final da prova.
De resto, o Benfica pôs-se a jeito logo na preparação e arranque da época com a perda de muitos e bons jogadores a troco de milhões e um consequente desinvestimento, quando, pela oportunidade histórica de se sagrar pentacampeão devia ter investido mais e melhor. Neste contexto, foi pura sorte ter chegado à fase final do campeonato com a séria possibilidade de o ganhar.
Para o ano há mais, costuma dizer-se. Há que fazer por isso porque nada é garantido e há que contar sempre com o valor dos adversários. Por mim desejo que o Benfica seja campeão tendo sempre o Porto e o Sporting como fortes adversários, ao contrário destes que desejam mais que tudo que o Benfica desça de divisão, ficando um ou outro a reinar em terra de cegos.
Parabéns aos portistas, sobretudo aqueles que me são mais próximos e que vivem e sentem o futebol e o seu clubismo com elevação e não com fanatismo, o que, diga-se, já são poucos, mesmo poucos.
No fim de tudo, fica o lamento por um ambiente de terrorismo que tem andado à volta do futebol português, com sinais mútuos de mau perder e mau ganhar e com muitos esquemas de influências, seja por apitos dourados, seja por emails, etc. Pelo menos a mim, tem tido o efeito de perca do interesse pelo tema e um cada vez maior distanciamento.