O edifício da Capela Mortuária de Guisande padece, de há muito, de graves problemas de infiltrações de águas da chuva, agravados depois da construção da instalação sanitária acessível a pessoas deficientes ou com mobilidade condicionada. Todos os problemas eram anteriores a 2014 e por isso a à minha participação na Junta da União de Freguesias no anterior mandato.
Esses problemas traduzem-se em deterioração das pinturas, tanto nos tectos como nas paredes (humidades e descascamentos), nos diversos compartimentos, como salão, instalações sanitárias e mesmo na capela. Também no exterior, incluindo debaixo da escada. Esta situação, sobretudo na capela, dá mau aspecto e um evidente sinal de desleixo de quem tem responsabilidades pela manutenção do equipamento.
Pela minha parte, no período em que como vogal integrei o anterior executivo da Junta da União de Freguesias, sempre insisti na necessidade de resolver ou pelo menos minimizar esta situação face à importância do equipamento e da dignidade que deve ter, pelo menos a capela. E daí a necessidade de uma intervenção, se não profunda, pelo menos razoável. É certo que foi promovida a solda ao nível das caleiras na cobertura, onde se supunha residir a origem de parte das infiltrações, mas pouco ou nada resolveu porque as origens são outras e amplas. Mesmo no salão do Rés-do-Chão sempre que chove a água infiltra-se facilmente pelos peitoris dos janelões, inundando o pavimento juntamente com a água que pinga do próprio tecto. Mesmo nas instalações sanitárias, nomeadamente a destinada às mulheres, quando chove vários dias seguidos com intensidade nasce ali um autêntico rego de água a qual brota de uma caixa. Devo ter registo filmado desse situação que durante o anterior mandato aconteceu pelo menos por duas vezes.
Esta situação mereceu de minha parte, e desde o início do mandato, uma constante preocupação e por diversas vezes, tanto em sede de reunião de Junta como através de emails enviados para o executivo, transmiti a necessidade de uma intervenção. Destes múltiplos contactos, como testemunhos, abaixo reproduzo alguns excertos da minha correspondência.
Certo é que, apesar dessa minha insistência do início até ao final do mandato, infelizmente o assunto nunca mereceu uma decisão a ponto de nunca terem sido criadas condições para a realização da empreitada, ficando sempre o assunto adiado e por resolver, obviamente contra a minha vontade. E pelos vistos (conclui no final), o problema até acabou por não ser financeiro pois no términus do mandato percebeu-se que sobrou bastante dinheiro, transitando um bom saldo positivo.
Apesar de tal manutenção nunca ter sido feita, ainda acalentei a esperança que passasse a ser uma imediata prioridade da nova Junta saída das eleições de 1 de Outubro de 2017. Infelizmente, passaram já quase nove meses e a obra ainda não deu à luz.
Do mesmo modo, contra a minha vontade e insistência, não foi efectuada a pintura dos muros do cemitério e mesmo até há bem pouco tempo, ainda estavam os restos dos materiais da obra do lado de fora do portão a sul.
Vamos ter esperança que as coisas em Guisande entretanto vão merecer alguma preocupação da Junta. Vai sendo mais que tempo.
Excertos de algumas das minhas comunicações com o executivo quanto ao assunto:
19 de Novembro de 2014
...entretanto ainda na Capela Mortuária – Sala dos Velórios, há uma pequena zona na parede com tinta a descascar e manchas, pelo que, sendo um espaço infelizmente usado com regularidade, salta à vista e obviamente que dá mau aspecto. Neste sentido sou de opinião que essa zona, sensivelmente com 1m2, deverá ser retocada logo que possível.
É certo que tanto as paredes como o tecto do Salão ao nível do Rés-do-Chão da mesma Casa Mortuária também terão que vir a sofrer obras de pintura, devido às várias zonas e manchas de humidade, mas poderão ser efectuadas noutra altura, com o tempo de sol e quando a situação de infiltração de água no tecto tiver sido resolvida.
15 de Fevereiro de 2016
...entretanto ainda na Capela Mortuária – Sala dos Velórios, há uma pequena zona na parede com tinta a descascar e manchas, pelo que, sendo um espaço infelizmente usado com regularidade, salta à vista e obviamente que dá mau aspecto. Neste sentido sou de opinião que essa zona, sensivelmente com 1m2, deverá ser retocada logo que possível.
É certo que tanto as paredes como o tecto do Salão ao nível do Rés-do-Chão da mesma Casa Mortuária também terão que vir a sofrer obras de pintura, devido às várias zonas e manchas de humidade, mas poderão ser efectuadas noutra altura, com o tempo de sol e quando a situação de infiltração de água no tecto tiver sido resolvida.
15 de Fevereiro de 2016
...Já o tenho dito e reitero, o salão da capela mortuária está com graves problemas de infiltrações, que já tenho relatado e que nestes dias de fortes chuvas se agravam. A própria capela mortuária tem problemas.
20 de Abril de 2017
...Ainda quanto a pinturas, mesmo que não seja uma intervenção de fundo para sanar os problemas de infiltrações na capela mortuária, que persistem apesar da reparação das caleiras, será de pensar num tratamento dos vários espaços em que há descascamento da tinta, tanto no salão inferior como nas instalações sanitárias e mesmo na própria capela e aplicar uma pintura.
20 de Outubro de 2017
...Certamente que está em tempo e a ser considerado, mas atendendo à proximidade do Dia de Fiéis Defuntos, importa salvaguardar a limpeza necessária no cemitério. Infelizmente, não foi realizada a pintura dos muros bem como da capela mortuária.