Está no pico da actualidade o assunto da aprovação pelo Parlamento da nova lei da mudança de género. Pessoalmente não tenho grande opinião e é assunto que não me aquece nem arrefece. Mas sim, se há homens que se sentem mulheres, mesmo com um par de tomates, seja feita a sua vontade. Ou ao contrário, se há mulheres que se sentem homens, mesmo que tenham que usar sutiã, porque não? Que não seja por isso.
De resto até acho que estes direitos deviam alargar-se a outras espécies. Por exemplo, o meu cão, há tempos que anda a chatear-me que quer mudar para galinha, desconfiando eu que com isso reclame o pleno direito de poder aceder à capoeira. Ora estou certo que se a coisa avançar por aí fora, não faltarão até raposas a querer mudar para galinhas e lobos para cordeiros. Com um pouco de sorte teremos até porcos a reivindicar o direito a serem considerados senhores doutores e concorrer a eleições e também eles fazerem parte da casa da democracia e assim legislar tão importantes matérias a favor das tão discriminadas minorias. E o que não faltam neste país são minorias, para as quais há um filão legislativo por explorar.
Brincadeiras à parte, há muito que se deixou de chamar os bois pelos nomes e não devemos estar admirados por mais esta. Outras virão. Ainda não somos Deus ou deuses mas já vamos dando cartas no que toca a mudar algumas configurações de fábrica que até aqui pensávamos serem próprias da natureza das coisas e dos seres.
Mas esta é apenas a modesta opinião de quem não tem opinião. Ora se o ele tem direito a ser ela, e vice-versa, deixem que eu tenha direito a ela, à opinião, mesmo não a tendo.