11 de setembro de 2018

11 de Setembro


Há quem diga que mudou o mundo. Há quem diga que o acordou. Por mim acho que o acordou para a mudança. Porque a maldade reside no mundo desde sempre. Apenas os meios, os métodos e os intervenientes foram mudando. As sementes do mal que abalaram Nova Iorque há 17 anos já andavam por aí, pelo mundo, desde o princípio dele a ser semeadas e colhidos os frutos.  De novo e de alarmante talvez a forma, o alvo e o efeito dramático do colapso das torres arrastando aqueles milhares de inocentes. E claro, todo o horror transmitido em directo.
Para o bem e para o mal, a globalização trouxe-nos esta capacidade de alojarmos nas nossas próprias portas o inimigo. Como na informática, o inimigo explora as fragilidades dos sistemas democráticos, as liberdades e garantias, de culturas e religiões, mesmo para quem não as tem, nem as aceita nem as respeita nos países de origem.
Não espanta, pois, que os ditos movimentos populistas ou nacionalistas estejam a ganhar espaço na nossa velha e sempre nova Europa, tão exposta como uma menina da rua que, de mini saia e de mini cueca, ou mesmo sem ela, vai com todos, porque sem preconceitos. 
Não alinho pelos populistas e pelos fundamentalismos destes, porque algures entre o 8 e o 80 haverá talvez um 30 ou 40, mas não fará mal algum que a Europa use cuecas mais largas, desça a saia ao joelho e, sobretudo, feche um pouco as pernas.