A maioria dos países, nomeadamente os europeus, afectados pela pandemia da Covid-19 tem mostrado dificuldades na obtenção de artigos e equipamentos aparentemente básicos, como máscaras, luvas, ventiladores, etc. É certo que é num contexto extraordinário, numa situação de procura superior à oferta, rompendo-se as reservas e a capacidade de resposta que parece ser insuficiente, mesmo admitindo-se que os picos de propagação ainda estão longe de serem atingidos, mas a verdade é essa.
Mas dá que pensar, que países, como os principais da Europa, já nem falando de potências como Estados Unidos, Rússia e China, tenham um arsenal militar de centenas de milhares de milhões, entre Exército, Força Aérea e Marinha, tanques, aviões, helicópteros, vasos de guerra e porta-aviões e não tenham essa capacidade para ter em reserva coisas tão importantes como as ligadas à Saúde.
Porventura este vendaval à escala global poderá ajudar no futuro próximo a definir prioridades, mas temo que logo que a coisa passe e deixe ser notícia tudo voltará à normalidade e aos mesmos jogos de guerra e às mesmas prioridades.
Talvez.