Há decisões que pecam por tardias. Encerrar as actividades lectivas nas escolas era uma questão imperativa e que não se compreende que não se tenha tomado há já algumas semanas. Fazer de conta que as escolas não são focos de contágio é brincar com coisas sérias. Um aluno contacta com largas de dezenas de pessoas nos transportes públicos e na própria escola e aulas. Depois regressa a casa onde todos os dias celebra um "natal". Há famílias que têm dois ou três filhos. Mesmo com o propalado cumprimento de normas, o cântaro vai demasiadas vezes à fonte...
Penso, cá para mim, que o Governo terá números quanto a pessoas infectadas que têm relacionamento familiar com alunos. Talvez não importe divulgá-los. Nesta altura do campeonato, convém ir atirando com todas as culpas para o Natal e para o Ano Novo mesmo que aquele limitado e este proibido.
Quase todos nós andamos pelo Verão de forma quase normal, a fazer férias, a frequentar praias e restaurantes e os números de contágios e mortes andaram baixos e controlados. Depois, regresso às aulas e a coisa disparou. Mas há quem não entenda isto.
Não é fácil nem está fácil para ninguém, mas todos começamos a perceber que têm faltado decisões e medidas adequadas e abundaram as decisões mal tomadas com critérios confusos. O custo já todos o conhecemos, e dizem que o pior ainda não passou.