Confesso que ainda não vi documentos, nem orçamentos, nem tenho fontes de informação priveligiadas, mas fazendo umas contas assim por alto, de cabeça, dou comigo a estimar que o actual executivo da Junta da União das Freguesias terá, porventura, recebido da anterior uma espécie de pé-de-meia ou mesmo um bom enxoval, qualquer coisa como à volta de 300 e catrapuz mil euros. Fora o património vendável, como alguns lotes urbanos e sepulturas.
Admito que possa estar enganado, mas face à tão notória falta de realização de obras e melhoramentos da anterior Junta, e reporto-me pelo menos a Guisande, esse será um valor possível, porventura até superior. Podemos mesmo dizer que essa seria a verba que caberia a Guisande no último mandato. Há quem possa argumentar ou justificar que seria para o pavilhão desportivo de Gião, mas em qualquer cenário aparece Guisande como surripiado.
Com tudo isto, de uma Junta ineficaz mas poupadinha, certamente que o novo e actual executivo agradecerá, saberá e poderá, querendo, logo no imediato, fazer uns brilharetes.
As coisas são mesmo assim. É certo que não é de bom tom transmitir dívidas, mas não ser capaz de aplicar o dinheiro de forma tão substancial, deixando esse mealheiro de porquinho gordo para adversários políticos, é quase de bradar aos céus e à Santa Incapacidade.
Mas pronto, que seja agora bem aplicado, é o que se pede, e na justa medida em Guisande.