- Então, por aqui?
- É verdade!
- Para a 3ª dose?
- Pois! Tem quer ser!
- Esperemos que seja a última!
- Não sei, não! Se calhar vai durar e lá para o verão, estamos aqui para a 4ª!
- Será?
- É capaz, é!
- Se calhar, lá terá que ser!
- Pois, terá que ser! Como cantam os Deolinda, o que tem de ser tem muita força! E sei que vai ser, porque tem de ser.
E lá foram os dois para a fila que serpenteava como uma cobra a enfeitiçar o passarinho, antes de oferecerem o braço despido à espetadela da víbora.
No fundo, protestámos, refilamos, mas somos todos mansos cordeiros. A nossa sociedade, dizem, é livre e democrática, mas feitas as contas, antes como agora, vamos para onde nos mandam e temos que fazer o que querem que façamos.
Mas tudo é mais sofisticado porque num sofisma intrincado em que somos levados a crer que nós é que decidimos o que fazer.
Será assim?