Há quem case por amor.
Dinheiro, ou interesse;
Por mais seja o que for
Promessa ou até prece.
Mas isto de por tal casar,
Foi já chão que deu uvas
Agora é mais o ajuntar
Qual mãos justas nas luvas
Se no Inverno sabem bem,
Já no Verão, nem por isso;
Postas de lado por vintém
Lá termina o compromisso.
Casa, descasa, casa, descasa,
Como norma já tida em conta
É o fazer da coisa tábua rasa
Ambos, cada um, barata tonta
Pobre, ou triste casamento,
Teste, prova, experimentação;
Logo ao simples contratempo
O castelo de cartas vai ao chão.
E lá partem e repartem,
A pior parte a cada um;
Com má sorte ou sem arte
Rebentaram o balão! Pum!
Américo Almeida