O 26 de Abril deveria ser feriado. É que o 25 de Abril é um feriado cansativo, com muito protocolo, cerimónias solenes, discursos, cravos na lapela, marchas, grândolas, etc, etc.
Ainda ter que apanhar com o extremista e idiota do Ventura e o canto do cisne dum PCP em agonia, é dose a mais.
Os políticos foram quem mais ganharam com o 25 de Abril e todos os anos temos que apanhar com eles, bem dispostinhos na suas vida fartas, como se fossem os baluartes e garantes da liberdade, direitos e garantias. O tanas.
O povo anda a cantar desde então que unido nunca mais será vencido mas vencido é todos os dias porque já com mais tempo de liberdade do que ditadura, ainda tanto continua por cumprir e daqui a outros 50 anos ainda vamos andar nisto sempre cerimoniosos, sem liberdade e independência plenas porque endividados publicamente até às orelhas.
Não fosse outro 25, o de Novembro, e a liberdade talvez fosse uma quimera, porque em rigor quem fez o de Abril teve sempre como propósito primeiro um sentido militar corporativista e, logo depois, inverter a ditadura, resgatando-a da direita para encaminhar para a esquerda. Felizmente a liberdade e a democracia escaparam dessa garra em 25 de Novembro e daí talvez se justificasse mais que fosse esse o feriado e Dia da Liberdade e Democracia. Mas dizem, certos fosquinhas, que a coisa é fracturante e que não interessa nela mexer porque levanta a casca de certas feridas.
Finalmente, como uma boa parte dos portugueses festeja o 25 de Abril, dia da Liberdade, como o Dia do Turismo, sobretudo quando o calendário permite uma ponte ou extensão do fim-de-semana, a coisa torna-se mesmo cansativa.
Proponha-se, pois, o 26 de Abril a feriado nacional.