No bucolismo verde de antigos caminhos
Percorro com sede memórias passadas;
Eu e minha alma, avançando sozinhos
Sem que nos acossem as almas penadas.
O caminho, diz-se, faz-se caminhando,
Com o passado atrás e futuro adiante;
Mas, que estranho, se recuo avançando,
Com o tão perto, lá atrás, bem distante.
Importará ao homem, a cada momento,
Por os pés ao caminho, enfim, caminhar,
Indo ao encontro como santo peregrino;
Nesse caminhar solitário, benfazejo,
Há rosto e lábios à espera de um beijo
Há uma vida e depois morte por destino.
A. Almeida