Ó Saudosa e fugidia Segunda-Feira,
Sejas bem-vinda ao ciclo infernal
Daqueles que do trabalho penam.
Não temas, chega-te aqui, à beira,
Sê na nossa carne o tempero de sal.
E que se fodam os que te condenam!
Segunda-Feira, linda, deslumbrante,
Fada madrinha, bruxa, ou feiticeira,
Bela sereia no teu rabinho de prata,
Deixa que em ti todo eu me encante
No retomar desta benfazeja canseira
Porque o fim-de-semana, esse mata!
A. Almeida