"De acordo com a edição desta semana do Expresso, a Autoridade Tributária declarou que Fernando Santos tem uma dívida de €4,5 milhões ao fisco. Em causa está a forma como o Selecionador Nacional recebe o salário da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
Durante os anos de 2016 e 2017, o treinador terá recebido, através de uma empresa, €10 milhões da FPF, mas declarou e pagou IRS sobre um salário anual de 70 mil euros, que equivale a cinco mil euros mensais, encontrando-se em falta a tributação relativa ao restante montante. A referida empresa, chamada Femacosa, foi criada em janeiro de 2014 e serviria para encapotar o valor remanescente do salário de Fernando Santos. Também os treinadores-adjuntos terão utilizado o mesmo esquema para receberem os respetivos salários sem os declararem ao fisco na totalidade.[Fonte:A Bola]"
A coisa pode vir a dar em nada (até porque não importa mexer com a nossa querida selecção e com o nosso inestimável treinador que venceu o Euro e a Liga das Nações) e o Fernandinho até acabará por ter razão e receber o que acha que, indevidamente, pagou o reclamado pelo guloso do Fisco.
Em todo o caso, o que espanta nesta gente do futebol profissional, mesmo em Portugal, é a facilidade com que recebe milhões. É mesmo gente de trabalho. Devem trabalhar as 24 horas do dia, domingos, feriados e dias santos e mesmo assim...
De algum modo dá pena, ou talvez não, perceber que os que fazem o povo, os que ganham salários mínimos ou pouco mais, lá vão todos contentinhos ver os jogos, comprar lugares cativos, acompanhar as equipas e a selecção, pagar a Elevens Sports e Sports TV, e entusiasmar-se com a coisa e com esses artistas que ganham balúrdios de milhões.
É assim mesmo. Ajudar quem precisa! Um bom adepto e sócio gosta de pagar, e quer lá saber se é para ajudar a pagar principescamente a alguém. Pelo contrário, se alguém lhe bate à porta a pedir uma esmola, é escorraçado ou, para não chatear, despede-se com uma moeda preta.
Quanto ao Fernandinho, se necessário for, faça-se um peditório nacional para o compensar. Afinal, porra, são 4,5 milhões e o homem precisa de comer, e depois do Qatar deve querer ir para a reforma e, como se sabe, a reforma neste país só é boa para malta da política e das armas.
[foto: Record]