Hoje em dia não é politicamente correcto dizer-se que alguém é tolo, ou muito menos atrasado mental. E nem deficiente. Quando muito, e correndo riscos de más interpretações, devemos dizer que é alguém especial com particularidades especiais ou apenas algumas dificuldades mentais ou motoras. Ou seja, já não há tolos. Quando muito, toleirões.
Passe a questão da semântica, importa que cada um tenha o devido respeito, enquadramento e tratamento de acordo com a sua condição.
Não me parece é que seja acertado nem correcto que a alguém nessas condições, tudo se permita, num deixa andar à vontade a fazer o que lhe apetece, a causar danos a terceiros e ao bem público, sem qualquer controlo ou vigilância, seja parental seja institucional. Só porque é "especial" não se podem fechar os olhos.
Enquanto isso, enquanto quem tem responsabilidades nesta matéria andar a assobiar para o lado em nome do politicamente correcto, andamos para aqui feitos anjinhos a ver disparates que ultrapassam a razoabilidade.
De repente parece que não há autoridade nem autoridades. Uma espécie de anarquia do disparate em que este por mais grosseiro que seja, é desculpável porque é engraçadinho e feito por alguém "especial".
Até quando?