A imprensa por estes dias noticiou que 2,3 milhões de portugueses correm risco de pobreza. É um número que, grosso modo, representa 1/4 da população portuguesa.
50 anos depois de uma esperança de democracia mas igualmente de uma melhoria de vida, certo é que mesmo com a imensa dívida pública, que nos vai mantendo à tona com ares de que vivemos bem, impressiona ainda a dureza destes números e do que representam.
Numa sociedade de estatísticas, as pessoas são apenas isso, números, e como tal é uma questão de contabilidade, de matemática.
Importa humanizar os números e as contas mas as esperanças de que tal aconteça são as mesmas de que havemos de viajar ao centro do sol.