No céu da velha Europa
Há névoas a amortalhar a plenitude
Da liberdade conquistada,
De cada homem, mulher, criança,
Como se toda fora vã a esperança,
A de viver, somente viver.
Já não há neste jardim a quietude
De uma rosa fresca cheirada,
De uma carícia desejada,
De um sol morno pela manhã,
De um retempero fraternal.
Há uma ânsia desmedida
A de ceifar a vida, a esborratar
A frescura de um desenho infantil,
Devastando as coloridas flores mil
Pintando um triste e vil excremento
Num quadro só de cinzento.