Que adianta ao homem ter pressa
Numa constante busca do incerto,
Quando, afinal, o que lhe interessa
É de si próprio estar bem perto?
A ânsia, perturbada, desmedida,
É uma névoa espessa de fatalidade,
Que num ápice nos absorve a vida
A devolver-lhe toda a efemeridade.
Um após outro, seja firme cada passo
Num caminhar sentido, de peregrino;
Não haja esmorecimento ou cansaço,
Mas tão somente o esperado destino.