Pensou com seus dourados botões
A bela fidalga Dona Ana Maria:
-Quero casar, ter filhos varões
Que perpetuem minha fidalguia.
- Neste dilema profundo fico
Entre D. Gil, glamoroso nobre,
Feiote mas poderoso de rico
Ou então Antão, bonito e pobre
Quem deles escolher p´ra casar
Com tão ilustre e fina donzela,
Se ao amor ou estatuto atentar?
Decisão ingrata de tal chancela.
- Sobra tempo e não tenho pressa!
Adiou a setença.- Fica pra depois!
Um dia, decidida, à coisa regressa
Resolvendo assim: - Fico c´os dois!