Não há números recentes quanto às prendas de Natal para o Mundial do Qatar. Mas em 2018 os jogadores da selecção luso-brasileira convocados por Fernando Santos para o Mundial da Rússia, ganhavam 700 euros por dia, mas, é claro, a juntar aos prémios e aos milionários ordenados auferidos nos respectivos clubes.
Caíram nos oitavos, mas mesmo assim, de prémio, cada jogador trouxe qualquer coisita como 66 mil euros. Uma ninharia.
Vamos, pois, todos nós, o Zé, o Alfredo, o Tono, a Maria e a Fátima, que ganham ordenados mínimos, torcer por todos eles. Merecem, são humildes e laboriosos trabalhadores, que lutam com sacrifício pelo amor à camisola!
Haja algum algum bom senso! Afinal é apenas uma indústria e muito bem paga! Merecedores de apoio e admiração são todos aqueles que lutam no dia a dia, com salários mínimos ou nem isso, para pagar as contas , incluindo a da televisão onde se assistem a esses jogos!
Mas, não liguem! Isto é da idade e com o avançar dela já não há lugar a deslumbramentos e já somos daltónicos para coisas que alguns ainda veem com todas as cores.
Nesta fase já é difícil confundir o relativismo com absolutismo. Ora um jogo de futebol ou uma competição dele, mesmo que milionária, atribuída com sujidade pelo poder dos petrodólares e a decorrer num país onde se ultrajam os elementares direitos-humanos, é apenas isso: Um jogo! Podia ser de xadrez, de damas ou sueca, mas é de futebol!