Velho e sempre novo rio Uíma
De lágrimas frescas do monte,
Num misto de alegria e mágoa,
Correndo sereno, todo encanto.
Das fraldas do Mó, logo acima,
Brota num bolhão dito de fonte
E nem sabemos se feito de água
Ou, tão somente, rio de pranto.
Rio Uíma, antigo e velho Uma
Vais sem pressa, sem fulgores,
A saciar amieiros e carvalhos
A tecer com fio de prata e ouro.
De Duas Igrejas até Crestuma,
Seja lá mais por onde fores,
Segues o caminho, sem atalhos,
Ao encontro materno do Douro.