Nisto da curiosidade somos quase todos iguais. Também curioso, fui já experimentar a nova variante Feira-Arouca, um eufemismo para apenas um troço de pouco mais de 7 Km, entre o lugar da Abelheira- Escariz e Gândara-Pigeiros na rotunda da saída da A32, acabada de inaugurar com pompa e circunstância a merecer a visita de um ministro.
Respeitando a velocidade de 70 Km/hora, fez-se em 7/8 minutos. Já tinha experimentado a anterior alterantiva pelas estradas interiores e apenas registei uma diferença de 3/4 minutos. Assim mais do que o tempo poupado, vale a qualidade e segurança do percurso o que pode fazer diferença sobretudo como acesso ao Hospital da Feira para as gentes de Arouca.
Não sou especialista de tráfego de trânsito e muito menos decisor, mas considero que sob um ponto de vista de retirar trânsito em algumas das ruas locais, sempre tão degradadas, talvez se justificasse uma entrada/saída intermédia, porventura na intercepção da estrada que liga Romariz a Cesar, ali na zona de Vila Nova, mas até pelas características do terreno e relacionamento das duas vias, certamente que o custo dispararia.
Assim a via é, sem dúvida, muito importante mas, a bem dizer, apenas para Arouca, e para aqueles que de algum modo vivem próximos das entradas. Para o resto, para os aglomerados dispostos ao longo de toda a via, e mesmo para a generalidade do concelho da Feira, o interesse é muito relativo ou mesmo reduzido.
É claro que que com uma extensão tão curta nunca poderia servir muita população, tanto mais que, como disse, prescindiram de uma ligação intermédia. Sem dúvida, reitero que é importante mas quase exclusivamente para Arouca, o que de resto é merecido. Já ouvi loas exageradas quanto ao interesse da via para o concelho da Feira, o que é manifestamente exagerado. Os de Arouca precisam da via sob um ponto de vista de rentabilidade empresarial e sobretudo de acessos das populações aos equipamentos de saúde centrais, já que se servem essencialmente do Hospital S. Sebastião. Já os feirenses, esses vão a Arouca principalmente pelo laser, à vitela e ao pão-de-ló, pouco mais.
Ainda do que vi, tal como na A32, serão ainda muitos os problemas de escoamento/drenagem de águas, sendo visível as estradas na periferia cheias de lamas. Os empreiteiros são mestres a adotar soluções espertalhonas e poupadinhas, mesmo na reposição de entradas, acessos e caminhos e com elas o prejuízo de terceiros. A ver vamos se será mais do mesmo que se verificou na A32.
Entretanto, como era expectável, era uma romaria de carros a experimentar. Tenho dúvidas que na normalidade diária o percurso tenha assim tanto trânsito simultâneo nos dois sentidos.