14 de dezembro de 2022

Cavalo a trote


Sabemos que o símbolo ou logotipo dos CTT é um mensageiro montado a cavalo. E faz sentido, pois apesar de já num contexto de modernidade, do automóvel, do comboio e do avião,  e de tecnologias de informação, os nossos correios parece que ainda andam a cavalo a distribuir correspondência, tal é o atraso com que o fazem. 

Bem sabemos que a culpa não é propriamente dos carteiros, porque em todas as profissões há-os competentes e responsáveis, ou nem por isso, mas do sistema e da política da empresa.

Neste contexto, não me parece de todo aceitável que uma carta com uma convocatória para uma consulta externa no hospital ou para uma convocatória de tribunal  seja recebida em casa apenas no dia da véspera da data.  E, dizem, casos há em que já depois das datas, nomeadamente nas cartas dos serviços de águas, telefones e electricidade. Num dos casos, como me aconteceu, valeu o sistema de convocatória por SMS que já dispõem os hospitais.

Por sua vez, os carteiros, assoberbados com tanto trabalho e com tão fracas condições, tantas vezes não tocam uma nem duas vezes para recolher uma assinatura em carta registada e simplesmente optam por enfiar na caixa o aviso para a correspondência ser levantada no posto. Já me aconteceu estar em casa e o carteiro deixar tal aviso sem tocar para saber se alguém está. A lei do menor esforço.

Quem é que põe cobro a isto? Eu costumo reclamar nos sítidos adequados mas porventura a generalidade das pessoas não reclama coisa nenhuma e assim, passivamente, é responsável por este mau serviço.