Não! Talvez já não valha a pena
Esperar do homem epifanias
Que o levem a mais humanidade;
Foi-se a esperança na última cena,
Sala e cadeiras ficaram vazias;
E nada sobrou dessa veleidade.
O poeta assim não sente remorsos
Porque o homem já não o inspira,
Sombrio jardim onde nada medra;
Lamenta-se, vencido de esforços
Por ver na alma, cheia de mentira,
Menos poesia do que numa pedra.