4 de janeiro de 2023

Pornografia

 O comportamento de um certo funcionário de um clube, depois de regressar do Mundial do Qater insuflado de ego com o que dizem ter sido uma revelação, com comportamentos disciplinares que prenunciam um "esticar da corda" com a sua entidade patronal e com a qual tem contrato de trabalho, é sintomático dos valores que nos tempos actuais regem o futebol: Cobardia, desrespeito e falta de ética e profissionalismo. 

No fundo não passam de meros mercenários onde o dinheiro e a fama ditam as leis. Para além disso, há a outra parte da vergonha, os clubes que aliciam estes rapazolas levando-os a desrespeitarem os clubes com os quais têm contratos e sem qualquer regulamentação.

E no fim de contas conseguirá o fulano o que pretende, saír na primeira "janela de oportunidade", mesmo que o clube receba o pornográfico valor da cláusula de rescisão. 

Um comportamento destes implicaria que o jogador fosse remetido para a prateleira da insignificância e fosse obrigado a cumprir o contrato até ao final na equipa B, ou nem isso, mas é certo que o clube não pode permitir-se a esbanjar tão grande valor que terceiros estão dispostos a pagar por ele. Por isso vai ser despachado,  até porque maçãs podres nunca passarão disso.

Em resumo, estas situações ligadas oa futebol são por demais banais e deveriam servir de reflexão a quem tanto interesse dedica a acompanhar estas coisas, mas em rigor é destas telenovelas que vive a indústria. 

É mau de mais, mas é disto que o nosso povo gosta e faz chorar de orgulho, nos estádios, quando esta gentalha beija o emblema. Todavia, é só surgir a oportunidade e o motivo para se revelarem na sua pequenez.