Meu querido diário: A nossa imprensa e os muitos comentadores da coisa política são unânimes a dizer que entre o primeiro-ministro e o presidente da república está aberta uma crise. Uns até lhe chamam mesmo de "guerra".
Dizem ainda que o António Costa brindou o país com uma telenovela fazendo concorrências às ditas. Que o tal de Galamba afinal só apresentou o pedido de demissão já depois de saber pelo seu chefe que não iria ser demitido. O António Costa não aceitou a demissão que havia combinado não aceitar e por isso a responsabilidade de ambos nessa deplorável situação, como a classificou o Costa, vai morrer solteirinha. O presidente da república ficou amuado por Costa não lhe fazer a vontade e pelo governo continuar na "corda galamba" e o país ficar a apanhar galambuzinos". Irá reagir hoje, talvez a meio do telejornal. Se fosse o totobola jogava numa tripla.
Meu querido diário: Creio que, apesar de tudo, vou mais pela tese disto não passar de uma novela porque nesta altura do campeonato, com o mundo envolvido em guerras a sério, já não haverá quem forneça munições a S. Bento e a Belém.
Por mim a coisa resolvia-se como na La Tomatina, essa festa espanhola de guerra de atirar tomates uns aos outros em Buñol - Valência. A coisa até sairia em conta pois parece que o tomate está até Outubro isento de IVA. Uma alternativa aos tomates, para esta luta em concreto, seria utilizar melões. Numa guerra de vegetais seriam uma espécie de mísseis hipersónicos.