Primeiro de Maio. Dizem que dia do trabalhador, mas num país em que ainda há muita aversão ao trabalho, até porque há quem perfira viver com menos mas apenas à custa do Estado, sem cumprimento de horários, responsabilidades laborais, fiscais e outras obrigações, este dia é democraticamente de todos. Assim é tanto do trabalhador como é do malandro.
Ora a começar tal dia, pequeno e saboroso pequeno-almoço por terras arouquesas. Mas para que uns desfrutem do dia e do feriado, outros há que têm que manter estabelecimentos e postos de trabalho a funcionar e a servir quem a eles ocorre, seja nos serviços públicos, seja na casa do pão de ló, no talho ou restaurante. Porventura serão esses que melhor merecem a dignidade do dia do trabalhador, porque, em grande medida, são os que mantêm este país a funcionar.