Possa eu condensar todas as histórias,
Como espremer o sumo de uma laranja,
Beberei a doçura de tantas memórias
Num trago só, quanto a sede abranja.
Vigorado nessa densa, doce frescura,
O meu ser, todo eu ficarei então assim,
Saciado de uma sede sôfrega, pura,
De condensar-me no princípio e fim.
A.Almeida - 30072023