Na borda daquele caminho, além,
Num terrão que o sol beija todas as manhãs,
Há uma macieira, não sei se plantada por mão ou vento.
Mas, meu Deus, como sabe tão bem,
Quando no fim do Verão colho nela as maçãs,
Em ansiada canseira em dia e hora marcadas p´lo tempo.
Há frutos assim, que se desejam colher,
Como a chegada cansada ao fim de um trilho,
Ou se no ventre lançada a semente na mulher,
Que germine pura e, no tempo, se colha um filho.
A.Almeida - 25072023