Lá fora, na plenitude dos campos abertos,
Anda solta a brisa do perfume das searas maduras
A ondular as ervas secas, rendidas à ceifa, à foice;
De grilos, ralos e cigarras já não há concertos
Num Outono como um velho alquebrado nas agruras,
Já que o tempo de viço, folguedos e juventude, foi-se.
Mas ainda há tempo para encher os regaços,
Fartar de ouro os celeiros e de uvas lagares,
Talvez a tempo de te colher em meus braços,
Na esperança, no alento, de ainda me amares.
A.Almeida - 27082023