Ó, velho coreto, tão pequenino
Já não te enchem de filarmonias,
Na triste sina de ficares vazio.
A capela chora-te e toca o sino
Em mágua dos tristes teus dias
Num tempo em que finda o estio.
Tudo é grande neste tempo novo,
Nele a vã grandeza toda comanda,
Ditando as leis da nova festa;
Outros tempos, até modas e povo,
Porque não cabe em ti uma banda,
És ornamento. Mais nada te resta.
A. Almeida - 10092023