Quem no caminho vai ofegante
E não tem olhos para uma flor,
Singela, pobre, na borda dele,
Não é mais que um caminhante
Apressado, carregado em suor
Qual abelha a mourejar por mel.
Importa avançar, olhar adiante,
Mas no destino, seja qual for,
Haja a doçura não somente fel;
Uma flor nos olhos é calmante
Que suaviza a rudeza, o torpor
Do caminho mais duro e cruel.