Quando alguém nos dá algo com uma mão, disso fazendo banzé e alarido, mas em simultâneo nos tira com a outra, mantendo-se quase mudo e calado, não será pessoa séria.
Ora é isto que está acontecer com o nosso Governo ao apregoar em todos os altifalantes uma descida nalguns escalões do IRS, tidos como relacionados à classe média, mas simultaneamente vai aumentar a carga fiscal com receitas no IVA, nos combustíveis, tabaco, bebidas e até no imposto de circulação dos carros dos mais pobres, os mais velhos, e estes têm-nos porque não têm condições para ter carro novo.
Em resumo, apesar de estar a distribuir uns chouriços o Estado espera receber dos portugueses alguns presuntos e daí até prever o tal aumento significativo de receita no que espera um novo excedente orçamental.
Neste contexto, este Governo, a começar pelo seu primeiro ministro, é falacioso e só não merece outra classificação por respeito às suas mãezinhas.
Mas, siga, que o povo gosta de ser enganado. Como cantava a Ana "Quanto mais te bato, mais tu gostas de mim". É assim que este Governo nos tem em conta.