Bem sabemos que não podemos nem devemos ir a um serviço religioso, no caso uma missa vespertina ou dominical, com excessiva pressa e já a pensar no almoço ou jantar. Mas como em tudo, há horários, rituais e ritmos que nos levam a pensar na normalidade e não na aleatoridade na duração dos mesmos. Pelo menos eu, considero que 45 minutos é tempo mais que adequado à duração normal de uma missa vespertina ou dominical. Mesmo que contando com um pequeno e justificável atraso do celebrante e uma ou outra divagação na homilia ou repetição de eventos nos avisos finais, vamos até admitir que possa durar 50 minutos ou mesmo, por excesso, uma hora. Até aqui, podemos compreender e entender. Já não me parece razoável, contudo, que sem qualquer aviso prévio, uma missa incorpore serviços adicionais, como uma celebração de bodas de ouro e ou de prata matrimoniais ou ainda um baptizado. E isto e desde logo porque é velho o ditado de que a "casamentos e a baptizados vão os convidados".
Não deixei, pois, de ter reparado que na missa deste sábado em Guisande, precisamente por ter um baptizado e o aniversário do Grupo de Jovens, em vez dos tais 45/50 minutos habituais, ou até uma hora, a missa tenha demorado para lá de uma hora e meia. Ora é tempo excessivo e isto é inconveniente sobretudo quando para lá da hora expectável de duração temos, como foi o meu caso, compromissos pessoais e afazeres programados e não é de bom tom nem fica bem abandonar a missa antes de ter terminado.
Hoje em dia em que todo o nosso tempo anda a ser medido e controlado ao minuto, não é positivo este descontrolo ou imprevisibilidade de tempo. Compreendo que a incorporação de um serviço extra como o de um baptizado é interessante sob um ponto de vista de vivência e partilha comunitária, mas, porém, dentro do possível, importará ser avisado com antecedência para não haver surpresas e participar informadamente quem realmente acha que quer e pode sujeitar-se a um tempo para além do tido como normal.