Uma certa figura pública da área da televisão, por quem tenho algum apreço, colocava no seu facebook uma questão em que procura reflectir sobre os desafios da mudança a nível profissional, tanto para quem quer subir como para os que estando já no alto do colectivo pretendem autonomizar-se. Respondi:
É como na política: "Pessoas que se encontram no mundo corporativo, grandes empresas, multinacionais e querem deixar para desenvolver projetos de menor dimensão onde possam ter mais responsabilidade e autonomia ou querem arrancar com projetos próprios", se algo não lhes correr bem, raramente têm que lidar com o desemprego e problemas de estabilidade financeira. Os políticos e quem passou por cargos públicos, esses é garantido. Já quem de baixo procura subir fica mais susceptível à "queda".
Quanto ao resto, a generalidade das pessoas, tem mesmo que se acomodar no emprego, mesmo que não goste do que faz ou como faz. É a vida! Tudo o que foge desta regra são as excepções que a confirmam, que mais não seja para emprestar um certo lirismo à coisa, motivo a filosofias e argumento para livros de auto-ajuda e estima. Bom ano!
Resumindo: Atribui-se a Salazar a sentença de que "É necessário que haja pobres!". Não concordando, mas admitindo que é uma inevitabilidade do nosso sistema capitalista, direi sobre este propósito e sobre a questão da tal figura pública, que é necessário que os haja, não pobres mas acomodados. Não os houvesse nas profissões perigosas, desgastantes, pesadas e sujas, quem suprimiria esses trabalhos? Só quem tem como gente real o Pai Natal e o Peter Pan é que porventura acredita que quem ganha bem em serviços leves, limpos, aliciantes e bem remunerados se sujeitará a eles.
É a vida!