Pedro Pinto, líder parlamentar do Chega, considerou hoje no último dia da convenção em Viana do Castelo, que seu o partido é “a direita credível”, prometendo, caso seja Governo, acabar com o IMI e com o IUC.
É proposta do Chega mas poderia ser de qualquer outro partido para concordar em pleno com ela. É que sobretudo o IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) é um imposto estúpido, injusto, bafiento e imoral. Repare-se: Eu, que como centenas de milhares de portugueses, construí a minha habitação com o resultado do meu trabalho e do meu esforço, paguei projectos, taxas e licenças, tudo com os devidos impostos, continuo a gastar dinheiro em melhoramentos e conservação, continuo a pagar a prestação do crédito à habitação com elevados juros, a que propósito tenho que pagar por toda a vida uma renda ao Estado ou município? Porventura foi qualquer uma dessas entidades que ma construiu? Serão eles os proprietários?Que lógica e moralidade neste imposto? Ainda que fosse cobrado com um valor residual, simbólico, vá que não vá, mas com o elevado valor que representa para qualquer média habitação, é de facto uma aberração num Estado de direito.
Posto isto, não posso estar mais de acordo com quem propuser a sua extinção. Foi o Chega, mas poderiam ser os antípodas do BE ou o PCP que para mim mereceriam apoio.
Significa, porém, que isso pode representar que vote nesse partido? Nem por sombras, porque há outros valores e princípios na equação, mas era importante que outros partidos menos radicais e estapafúrdios, fossem capazes de ter essa coragem e matar este imposto estúpido em nome da moralidade.