Aqui há uma meia dúzia de anos estávamos bem melhor servidos quanto a repórteres que com um apurado sentido fotográfico captavam o que lhes causava incómodo. Desde buracos e buraquinhos a ervas com mais de 20 cm de altura ou uma água mal desviada na rua, eram alvo do oportuno disparo. Até chegou a haver uma espécie de liga contra o mau olhado onde os guardiões do templo sagrado eram mais competentes e de vistas aguçadas que na Raia os guardas fronteiriços no tempo da velha senhora à cata de contrabando. Logo depois de colhidas as provas, todo o mundo e arredores ficava a saber da situação, do abandono, da escandaleira, da pouca vergonha, da incompetência ou desleixo de quem deveria olhar por essas coisas.
Mas essa categoria de guardiões "profissionais" parece que a partir de uma determinada altura, talvez devido ao clima ou mudança da lua, entrou em letargia e tem estado em hibernação profunda e são mais raros de avistar que os linces na Malcata. É pena, porque fazem falta, pois os motivos para alertar nunca faltaram nem faltarão, independentemente da categoria e consideração de quem se queira "avisar".
Mas adiante, que vem aí chuva e como diz o velho ditado, "ande o frio por onde andar que no Natal vem cá parar".
As imagens acima publicadas são na Rua de Cimo de Vila, aqui na terrinha, no lugar do mesmo nome e têm já bastante tempo porque eu próprio já vi esses buracos noutros meses, porventura então mais pequenos. Até porque a rua é estreita, convirá a quem de direito remediar os buracos, como quem diz, tapá-los com um pouco de alcatrão, o que não parece coisa de monta. Apesar disso, também se nota algum abatimento do piso junto ao muro de suporte o que pode configurar algum problema de estabilidade ou inflitração que, digo eu, importará averiguar e rectificar.
Apenas como contributo de cidadania fica o alerta. Provavelmente já será do conhecimento de quem de direito, e a coisa estará para ser reparada, mas se assim não for, caso isto seja lido e porque não quero pecar por omissão, o recado está dado. Além do mais importa que a população, mesmo que adormecida, esteja a par das suas coisas.