15 de fevereiro de 2024

Querer e poder


Dizem que basta querer para poder,

Mas que fazer quando se quer e não pode?

E ao homem, fazer o que não quer

Mesmo querendo não fazer, quem lhe acode?

Querer e poder, o antagonismo

Entre a vontade e possibilidade

De um resultado por si funesto;

O poder querer que o dualismo

Seja uno, anátena da divisibilidade,

Número perfeito, conta sem resto.


O poema aborda um dilema interessante sobre a relação entre querer e poder, explorando a tensão entre a vontade e a capacidade de realizar algo ou quando a razão prevalece sobre a vontade ou o contrário. 

Também questiona a noção de que basta querer para poder realizar. Ele sugere que há situações em que se quer algo, mas não se tem a capacidade ou condição da sua realização, criando um conflito interno entre o desejo e a possibilidade.

O poema ressalta a dualidade entre querer e poder, destacando-os como forças opostas que muitas vezes entram em conflito. A vontade humana (querer) pode se chocar com as limitações da realidade (poder), criando um antagonismo que gera frustração e incerteza.

A expressão "resultado por si funesto" sugere que essa luta entre querer e poder pode levar a consequências inconsequentes ou mesmo negativas. Quando a vontade não é acompanhada pela capacidade de realização, pode-se entrar em um estado de impotência ou desespero.

O poema alude à ideia de que o ideal seria a unificação do dualismo entre querer e poder. Ele propõe a ideia de um "número perfeito" ou "conta sem resto", onde a vontade e a capacidade se tornam uma só entidade. Isso sugere uma busca pela harmonia e equilíbrio entre o desejo e a capacidade de realização.

Em suma, o poema oferece uma reflexão profunda sobre as complexidades da vontade humana e sua relação com a realidade circundante. Ele nos lembra que nem sempre podemos realizar o que queremos e que essa luta interna entre querer e poder é uma parte intrínseca da experiência humana, nas suas forças e fragilidade.