Ainda que a noite estejaOfuscada de escuridão,Há-de haver sempre luz;Se não um clarão de lua,Um pirilampo a piscar.Se a raiva que me sobejaEcoa e fere como trovão,Nos nossos corpos nus,Enlaçados na cama tua,Haverá silêncio a cantar.
Ainda que a noite esteja
Ofuscada de escuridão,
Há-de haver sempre luz;
Se não um clarão de lua,
Um pirilampo a piscar.
Se a raiva que me sobeja
Ecoa e fere como trovão,
Nos nossos corpos nus,
Enlaçados na cama tua,
Haverá silêncio a cantar.