Chegará o tempo dos ais, lamentos,
Dores, angústias contadas a fio,
O resumo de todos os sofrimentos,
De lágrimas que somadas dão rio.
Que mais esperar desta serena
Prostração desolada numa cama,
Em que mais que lamento ou pena
Esvai-se a vida de quem se ama?
Mas cada um seguirá, só, pelo seu pé
Até ao limiar da porta de saída,
Numa aceitação natural mas de fé,
A representar o acto final da vida.