Cai a tarde, o sol declina
Num adeus breve, perene,
Na promessa de voltar já;
Então sonho, vejo-te menina,
De branco, em pose solene,
Esperando-me em cada manhã.
Nesta renovação repetida
Sobra um sentimento fundo
Do que somos por fundamento;
Em cada ciclo renasce vida,
Infinitas voltas do mundo
Em constante deslumbramento.