20 de março de 2025

...E o resto é paisagem



Até dou o benefício da dúvida de que estas e outras situações não sejam intencionais, mas dizem muito do que num sentido geral uma boa parte da população de Lobão vê e entende a nossa União de Freguesias. Para eles é Lobão e o resto são apêndices, mera paisagem. A centralidade é Lobão. O presidente é da Junta de Lobão e a capa de um grupo de Facebook de residentes da União é ilustrado com um mapa apenas com o território e designação de Lobão. Sintomático!

Também por isso se percebe porque é que em quase 12 anos de União a sede da união de freguesias continua a ostentar na fachada a designação de Junta de Freguesia de Lobão.

Por aqui compreende-se porque dali não veio uma vontade expressa quanto ao processo de desagregação, porque em rigor Lobão nunca foi penalizada no que toca a perda de identidade e proximidade. O presidente de Junta sempre foi de Lobão, a sede sempre foi em Lobão, e por aí fora, em tudo, e sempre seria assim.

O processo da desagregação de freguesias foi aprovado, promulgado e publicado, por isso passando a fazer efeito legal, mas sobre mesmo ainda pairam nuvens em virtude de um partido que, não aceitando as regras da democracia, pretende questionar a legalidade jurídica da sua aplicação. 

Não sei o que vai sair disso, porque como costumo dizer, é tudo gente de pouca confiança, e por isso já só mesmo como o S. Tomé, ver para crer, mas fica aqui esta impressão quanto à mentalidade que tem vigorado numa união de freguesias feita às três pancadas, composta por partes desproporciondas, onde uma sempre manteve a preponderância sobre as demais, mesmo que não deliberadamente intencional, mas seguramente instintiva. 

Mas seja o que Deus quiser, sendo que duvido que O Todo Poderoso tenha tempo para se preocupar com estas minudências terrenas.