15 de setembro de 2023

Família Dias de Paiva - Joaquim, Bernardo, Guilherme e outros

De novo de volta de alguns dados genealógicos de algumas famílias ou gente de Guisande. Deste vez da família Dias de Paiva e depois ligações à família Fontes que foi do lugar de Trás-da-Igreja - Guisande. 

Guilherme Dias de Paiva - Por nenhuma ordem especial nem cronológica, começamos por Guilherme Dias de Paiva, que para quem não conhece, e os mais novos de certeza absoluta que não, é o pai de Joaquim Correia de Paiva (conhecido pelo "Joaquim do Peita") do lugar de Fornos, bem como das suas irmãs que ainda vivem no lugar de Casaldaça.

Este Guilherme teve outros irmãos, de que abaixo, dos que conseguimos apurar, deixaremos algumas notas, nomeadamente o Joaquim, conhecido entre nós pelo "Joaquim do Pisco" que foi um reputado alfaiate, que viveu no lugar da Igreja - Guisande, e casado que foi com a  Ti Luzia, ainda  o Bernardo, que era o pai da Adelaide, viúva do Rufino da Silva  Sá, de Casaldaça, ainda o António, a Miquelina e o José.

Guilherme Paiva, nasceu em 18 de Dezembro de 1907, sendo filho de Francisco Dias de Paiva (este natural de Louredo e residente em Caldas de S. Jorge) e de Margarida Augusta da Conceição (esta natural de Guisande, sendo tecedeira). Os seus pais casaram em 27 de Maio de 1867. A sua mãe Margarida faleceu em 16 de Fevereiro de 1950.

Guilherme era neto paterno de Jerónimo de Paiva (de Louredo) e de Maria Teresa de Oliveira (de S. Jorge). Era neto materno de António de Pinho e de Maria de Jesus (de Guisande). No seu baptismo, em 27 de Dezembro de 1907, teve como padrinhos Joaquim Ferreira Pinto, professor, de Casaldaça, e Guilhermina Rosa Duarte, esta que casou com Manuel Henriques Correia.

Casou o Guilherme, em 22 de Fevereiro de 1936 com a Custódia Correia, natural de S. Miguel do Maro, Arouca. Faleceu em 30 de Abril de 1968.

Tiveram o Guilherme e a Custódia filhos e filhas, incluindo o José Correia de Paiva nascido a 15 de Novembro de 1942 e que casou em Sanguedo em 7 de Maio de 1968 com Maria Alice Ferreira de Oliveira. Ainda o Joaquim Correia de Paiva (Peita), que vive no lugar de Fornos e que casou em 30 de Maio de 1964 com Maria Fernanda da Costa. Ainda a Maria de Fátima. Ainda como filha de Guilherme e Custódia, a Alzira Francisca de Paiva, que nasceu a 28 de Março de 1936. casou em 28 de Dezembro de 1963 com Joaquim Pinto O. Pais.


Custódia Correia, que foi esposa de Guilherme Dias de Paiva


Outros irmãos de Guilherme, filhos de Francisco Dias de Paiva e Margarida Augusta da Conceição:

António Dias de Paiva, nasceu em 19 de Março de 1898, sendo baptizado em 20 do mesmo mês e ano. Foram padrinhos  António de Pinho, avô materno e Maria da Conceição de Jesus, do lugar do Viso.

Este António casou com Clara da Silva Santos em 9 de Janeiro de 1923. A Ti Clara, com quem ainda conversei, ali naquele casebre que ainda existe ao lado da casa do Ti Elísio Alcino, nasceu em 10 de Outubro de 1900 e foi baptizada no dia 13 do mesmo mês e ano. Era filha de Manuel da Silva Soares e de Amélia dos Santos. Era neta paterna de Tomás Soares e de Margarida de Pinho e neta materna de Joaquim da Silva e de Margarida de Jesus. Faleceu no dia de Natal, 25 de Dezembro de 1982.


A Ti Clara e o filho Manuel


Desse casamento houve filhos, como o António Dias de Paiva, que nasceu em 1924 e  que casou em 26 de Julho de 1947 com Armandina Guedes de Castro. O Manuel Dias de Paiva (o Neca da Clara), nascido em 4 de Fevereiro de 1925 e falecido em 13 de Janeiro de 1997. Ainda a Maria Isaura dos Santos Paiva, nascida a 9 de Agosto de 1928. Casou em 19 de Junho de 1957 com Manuel Francisco da Rocha, na cidade de Mar del Plata, na  Argentina para onde emigrara. Ainda a Maria Fernanda dos Santos, nascida em 9 de Maio de 1930.  Ainda a Maria Elsia Guedes de Paiva, que nasceu em 13 de Abril de 1948.



Na actualidade, o casebre, pouco mais que em ruína, onde viveu o António Dias de Paiva e a Ti Clara.


Miquelina Augusta da Conceição, nasceu em 2 de Janeiro de 1900, sendo baptizada em 6 do mesmo mês e ano. Foram padrinhos José Joaquim Gomes de Almeida, do lugar do Viso, e Maria Rosa de Conceição, de Casaldaça. Esta Miquelina casou com Manuel Pereira de Oliveira e de filhos pesquisei um David Pereira de Oliveira que nasceu a 11 de Maio de 1924 e que casou em Lobão em 4 de Novembro de 1945 com Laurinda da Conceição.

Rufino Dias de Paiva, nasceu em 12 de Março de 1910, sendo baptizada em 19 do mesmo mês e ano. Foram padrinhos de baptismo, Rufino da Silva Santos e Maria Rosa da Conceição. Casou com Maria Gomes em 26 de Julho de 1934. Ficou viúvo em 13 de Julho de 1993 e faleceu em 15 de Novembro de 1996 em Milheirós de Poiares. De filhos, pesquisei a Maria Idília, nascida a 25 de Abril de 1941 e casou em Milheirós de Poiares com Carlos de Almeida e Silva. Ainda como filha a Maria Eugénia de Paiva, que nasceu a 15 de Julho de 1937. Casou em 10 de Dezembro de 1961 em Milheirós de Poiares com Licínio de Almeida Monteiro.

José Dias de Paiva, nasceu em 5 de Fevereiro de 1909, sendo baptizado em 12 do mesmo mês e ano. Foram padrinhos de baptismo José Ferreira Coelho e Margarida dos Santos. Faleceu menor em 16 de Abril de 1910, apenas com um ano de idade.

José Dias de Paiva. Ainda sem dados do nascimento, nasceu ainda um outro filho a que se deu o nome do que faleceu de menor idade, conhecido popularmente como Zé do Monte, Zé da Helena ou ainda com o apelido de "Cabouco". Entre outros atributos, era um exímio reparador de guarda-chuvas. Pessoalmente, com recado do meus pais,  recordo-me de ir várias vezes a sua casa, no monte de Casaldaça,  com alguns guarda-chuvas para ele reparar o que fazia com mestria.

Casou este José Dias de Paiva com Maria Helena dos Santos, daí também ser conhecido pelo "Zé da Helena". Dos filhos que tiveram tenho conhecimento de uma Clara, nascida a 19 de Agosto de 1935 e que veio a casar em 2 de Outubro de 1960 com um Joaquim Teixeira Alves. Ainda a Amélia da Silva Paiva nascida a 15 de Março de 1940 e que casou em 16 de Setembro de 1962 em S. João da Madeira com Manuel de Azevedo Queiroz . Ainda o José da Silva Paiva, nascido a 23 de Junho de 1951. Ainda o Roberto nascido em 24 de Fevereiro de 1953. Ainda a Maria de Fátima, nascida a 10 de Julho de 1954. Ainda a Guilhermina dos Santos Paiva, que nasceu a 20 de Dezembro de 1947.

Joaquim Dias de Paiva


Luzia Rosa de Jesus, esposa de Joaquim Dias de Paiva

Joaquim Dias de Paiva, nasceu em 24 de Setembro de 1906, sendo baptizado no dia 27 do mesmo mês e ano, tendo como padrinho Manuel de Pinho e Maria da Luz, do lugar do Viso, esta  minha avó paterna. Casou em 26 de maio de 1926 com Luzia Rosa de Jesus, de Nogueira da Regedoura. Faleceu em 11 de Fevereiro de 2003. Foi como atrás se disse, um exímio alfaiate. Viveu no lugar da Igreja, junto à ribeira. Deixou filhos e filhas.

Bernardo Dias de Paiva e Ermelinda

Bernardo Dias de Paiva, nasceu em 28 de Março de 1905, sendo baptizado em 31 do mesmo mês e ano, tendo como padrinhos Bernardo Ferreira, das Caldas de S. Jorge e Jovita Gomes da Conceição, da Barrosa.  Casou em 20 de Junho de 1927 com Ermelinda Ferreira Gomes (1). Faleceu em 16 de Dezembro de 1966.

(1) A Ermelinda, esposa do Bernardo nasceu em 1 de Julho de 1899 e faleceu em 20 de Junho de 1989. Era filha de Manuel Joaquim de Fontes e de Maria Ferreira Gomes. Era neta paterna de Joaquim de Fontes (2) e de Maria Pinto, do lugar da Igreja - Guisande. Era neta materna de Joaquim Custódio e Margarida Gomes, do lugar de Casaldaça. Consegui apurar três irmãs, a Ana (3), nascida em 8 de Abril de 1891, a Guilhermina, nascida em 27 de Dezembro de 1894 e a Maria da Conceição, nascida a 12 de Agosto de 1897.

(3) Esta Ana casou no Porto com Abílio de Oliveira no dia 6 de Janeiro de 1923. Faleceu em 18 de Janeiro de 1979.

Deste casamento do Bernardo com a Ermelinda, conheço a Adelaide, ainda viva, viúva de Rufino da Silva Sá. 

Ainda um filho, o Joaquim Dias de paiva,  que faleceu recém nascido, em 12 de Março de 1929.

Ainda um  filho de nome Guilherme Dias de Paiva, nascido em 23 de Setembro 1932.

Ainda um filho de nome José Dias de Paiva nascido a 24 de Abril de 1935.

Ainda um filho, o Manuel Dias de Fontes, que nasceu a 25 de Março de 1928. Casou em Pigeiros em 29 de Junho de 1950 com Angelina Pereira Soares.

Ainda filha deste Bernardo Dias de Paiva, temos a Guilhermina Gomes de Paiva, nascida a 16 de Janeiro de 1931. Casou com o Joaquim dos Santos ("Zarelhas"), em 21 de Janeiro de 1950. Ambos já falecidos, viveram no lugar da Gândara e tiveram vários filhos de que me lembro do José, que vive em Cesar, da Maria Fernanda, esposa do Vilano de Oliveira, do Joaquim e do António. Ainda pelo menos uma outra  filha de quem de momento não me recordo do nome.

Ainda como filha a Elvira Gomes de Paiva, nascida a 1 de Julho de 1937, casada em 30 de Janeiro de 1960 com Mário Baptista, residentes em Casaldaça.

Manuel Dias de Paiva, nasceu a 14 de Junho de 1913. Casou em Lobão em 14 de Dezembro de 1946 com Conceição Henriques dos Santos. De filhos, encontrei uma Maria Manuela dos Santos Paiva, que nasceu a 7 de Outubro de 1947.

Américo Dias de Paiva, nasceu em 21 de Agosto de 1915.

Alberto Dias de Paiva, nascido em 1919, que casou em 27 de Agosto de 1944 com Gracelinda dos Santos.

Tenho ainda indicações de que terá havido ainda uma outra filha, a Rosária.

Interligação com as famílias Fontes e Henriques:

(2) Este avô paterno da Ermelinda, Joaquim de Fontes, que era do lugar da Igreja - Guisande, era filho de José de Fontes e Ana Maria de Fontes. Era casado com Maria Joaquina, tendo esta como pais o Manuel José Custódio e Ana Maria de Jesus. A esposa maria Joaquina tinha como pais Manuel José da Conceição , carpinteiro, da freguesia do Vale, e Mariana, da freguesia de Louredo.

Para além do Manuel Joaquim, pai da Ermelinda, o Joaquim de Fontes teve vários filhos, entre os quais a Maria, nascida a 5 de Março de 1855, a Rosa, nascida a 21 de Janeiro de 1858, o Domingos Joaquim (4) nascido a 5 de Outubro de 1862 e falecido em 26 de Março de 1954, o José, nascido a 14 de Abril de 1864 e o Manuel, nascido a 18 de Julho de 1866.

(4) Este Domingos Joaquim de Fontes, filho de Joaquim de Fontes, era o pai da Ti Ana da Conceição Fontes (5), do lugar da Igreja, que faleceu solteira, e ainda da sua irmã Ermelinda da Conceição (6).

(5) Ana da Conceição Fontes, como se disse era filha de Domingos Joaquim de Fontes. Nasceu no dia 22 de Abril de 1901. Faleceu em 3 de Agosto de 1991. Vivia na casa dos pais em cujo local edificou casa a minha cunhada Anabela Henriques Gonçalves esposa do José Carlos da Silva Bastos.

(6) Esta Ermelinda, irmã de Ana da Conceição Fontes, nasceu no dia 31 de Janeiro de 1906 e foi baptizada no dia 4 do mesmo mês e ano. Teve como padrinhos Rufino da Silva (de Casaldaça) e Maria Rosa de Sá (do Vale). Faleceu em 26 de Junho de 1992.

Os seus pais eram o referido Domingos Joaquim de Fontes e Joaquina Rosa da Conceição (da freguesia do Vale). Casou a Ermelinda da Conceição Fontes com Belmiro Gomes Henriques (7) em 7 de Outubro de 1939. São avôs maternos de minha esposa Maria Preciosa Henriques Gonçalves, porque pais da sua mãe, Maria Margarida da Conceição Henriques.


O casal Belmiro Gomes Henriques e Ermelinda Fontes, avôs da minha esposa, aqui no nosso casamento.

(7) Este Belmiro Gomes Henriques, marido de Ermelinda da Conceição Fontes, nasceu a 29 de Março de 1906. Era filho de Joaquim Gomes Henriques, natural de Azevedo - S. Jorge, e de Margarida de Jesus, natural de Lobão. Era neto paterno de José Gomes Henriques e de Maria Rosa de Jesus, do lugar de  Azevedo - S. Jorge e neto materno de Manuel Pinto e Albina  de Jesus, de S. Miguel - Lobão. Faleceu no dia 1 de Março de 1996.

Este casal Belmiro e Ermelinda teve vários filhos: A Conceição, casada com o Jorge Tavares, de Azevedo - S.Jorge, há anos residentes da África do Sul, e que à data que actualizo estes apontamentos soube que terá falecido, a Maria Margarida, mãe da minha esposa, que foi casada com Germano da Conceição Gonçalves, a Isaura, que está casada com o José Fernando Gomes de Almeida, do lugar do Reguengo, irmão do Raimundo Gomes de Almeida, do lugar da Barrosa, ainda o António da Conceição Gomes Henriques, casado com a Maria Glória Ferreira da Silva, da casa dos Sebastiões de Cimo de Vila, falecido em 2 de Setembro de 2007, e que deixou como filhos a Madalena (esposa do meu irmão Adérito), o Fernando António, casado com a Fátima, e o Jorge, ainda solteiro.

Deste Belmiro Gomes Henriques consegui apurar que tinha uma meia-irmã, a Rosália, nascida em 27 de Abril de 1898. Era irmã apenas de pai já que a mãe era Olinda Rosa de Jesus. Por isso era neta paterna de José Gomes Henriques e de Maria Rosa de Jesus, do lugar de  Azevedo - S. Jorge e neta materna de Francisco Caetano dos Santos e de Ana Joaquina dos Santos.

Tinha este Belmiro, outro meio irmão, o Bernardino Gomes Henriques (8), que por sua vez era pai de Raimundo Gomes Henriques (com apelido de "Pega"), actualmente ainda vivo, solteiro, morador no lugar da Lama - Guisande. Por conseguinte o Belmiro e o Bernardino eram meio-irmãos porque apenas de pai.

(8) Este Bernardino, pai do Raimundo "Pega", nasceu no dia 14 de Junho de 1902 e casou em 4 de Outubro de 1930 com Maria da Conceição (9). Faleceu em 12 de Janeiro de 1979. Este apelido "Pega" não é exclusivo do Raimundo, mas extensível aos seus primos e com origem aos antepassados.

(9) Esta Maria da Conceição, mãe do Raimundo, nasceu em 29 de Novembro de 1911 e era filha de Joaquim Francisco da Silva (de Agras - Mansores - Arouca) e de Maria Rosa da Conceição. Era neta paterna de João Francisco da Silva e de Maria Joaquina e neta materna de avô incógnito e de Rosa Margarida dos Santos, de Casaldaça.


Nota final: Os apontamentos aqui escritos, por dificuldades várias e escassez de documentos podem padecer de alguns erros ou imprecisões ou omissos quanto a alguns dados como nomes de familiares e datas. Por conseguinte baseiam-se apenas no que foi pssível pesquisar. Quaisquer informações que possam servir para completar ou corrigir são bem-vindas.

Romaria de Santa Eufêmia - Já não é o que foi mas há ainda um aroma...

 


15 de Setembro, há romaria a Santa Eufêmia na pacata freguesia de S. Pedro do Paraíso - Castelo de Paiva.  É claro que já não é de todo o que foi noutros tempos, mas ainda há um aroma que permanece ali enroscado naqueles carvalhos e nos faz lembrar memórias de outras festas noutros tempos.

Porventura nessa altura mais devoção que barrriga, mas actualmente, e eu pecador me confesso, mais barriga que devoção. Mas há tempo para tudo, para saciar a pança mas também dar algum conforto ao espírito e à alma. Mas, convenhamos, a maioria já lá vai apenas pelo bife, e nem na capela entra, não ouve as bandas filarmónicas, não passa por entre as barracas de doces nem se regala com as cores da fruta, incluindo as castanhas e já assadas. Há ainda cestaria, enchidos e presuntos.

É o que é. Para além disso, todos os anos nota-se que há ali algo ou alguém em falta. Um não sei o quê, como os doces de Serradelo ou o melão de casca-de-carvalho, ou mesmo um ou outro pedinte de mão estendida. Mas falta! E só não está transformada numa qualquer festa de Canedo ou outra pelos nossos lados, entregues excesso de barulho e confusão, porque o espaço não favorece a entrada de grande trânsito, roulottes nem camiões palco. 

Duas boas bandas, dois palcos cheios e dois coretos vazios, a costumeira dos Mineiros do Pejão e a de Avintes. Para além de tudo, talvez porque haverá festa ainda amanhã, Sábado, e Domingo, deu para perceber que havia mais carros que forasteiros. Mas as barracas, principalmente as do costume, continuavam apinhadas a aviar bifes e outras iguarias. Será assim até à noite de Domingo.

Para o ano, se Deus quiser, haverá mais!



















13 de setembro de 2023

Fotógrafo mestre! - Ena?

 


Nada que interesse ao mais comum dos mortais, mas entedeu a Google, pela minha humilde contribuição no Google Maps, como Guia Local Nível 7, conceder-me agora o nível de Fotógrafo Mestre, isto porque já adicionei  mais de 100 diferentes locais, mais de 1000 fotos e estas com pelo menos 1 milhão de visualizações.

Fica aqui a nota para um ou outro colaborador do Google Maps que melhor perceberá o significado da coisa.


Outonal



Lá fora, na plenitude dos campos abertos,

Anda solta a brisa do perfume das searas maduras

A ondular as ervas secas, rendidas à ceifa, à foice;

De grilos, ralos e cigarras já não há concertos

Num Outono como um velho alquebrado nas agruras,

Já que o tempo de viço, folguedos e juventude, foi-se.


Mas ainda há tempo para encher os regaços,

Fartar de ouro os celeiros e de uvas lagares,

Talvez a tempo de te colher em meus braços,

Na esperança, no alento, de ainda me amares.



A.Almeida - 27082023



12 de setembro de 2023

Sossego



Perco-me no meio da multidão,

Com mil rostos, mas o meu desencontrado

Entre sorrisos fechados e olhos a vaguear.


Encontro-me na plena solidão

Do monte, numa noite clara de céu estrelado

Num horizonte, a presumir que vejo o mar.


Fico surdo no ruído da cidade

E nesse silêncio sufocado ouço os teus gritos,

A clamarem por um abraço de braços vazios.


Então, é sossego o que me invade,

Quando te olho nos teus olhos doces,bonitos,

Porque no meu mar cabem todos os teus rios.



A.Almeida - 08032023

Uma bola à chuva


Aqui, bem no meio deste terreiro,

Já chove miudinho e eu estou só,

A esperar, de bola junto aos pés,

Que apareçam, os amigos e o sol.


Mas nada, e engrossa o aguaceiro,

Já escorre e corre em lama o pó,

E de pouco vale nas costas o dez

Porque já não vai haver futebol.


Mas se não vêm, a malta e o sol,

Seja no terreiro ou no caminho,

Porque gosto da bola, de futebol,

Jogarei à chuva, nem que sozinho.


A.Almeida - 12092023


Gatões e ratinhos

Na vida real ninguém, presumo, gosta de ver um adulto a bater numa criança ou num inadaptado, mas no futebol de selecções ao mais alto nível isso acontece sem esmorecimento. 

Não se percebe, pois, o que selecções de futebol como Luxemburgo, S. Marino, Andorra, Ilhas Faroé, Liechtenstein, Gibraltar, Malta e outras que tais, andam por ali a fazer, a não ser de figuras de meigos passarinhos para os gatões os depenarem e se lambuzarem.

Mas dizem os entendidos nesta matéria difícil do chuto na bola, que as senhoras FIFA e UEFA, duas gatonas gorduchas e ávidas por whiskas com cifrões, não se incomodam com isso porque quanto mais selecções, mais jogos e mais direitos. Com jeitinho ainda lá metem os Açores, a Madeira e as Canárias.

Poderia e deveria haver um sistema de divisões,  ou então, mal por mal, um sorteio puro e duro, pelo menos para se garantir um princípio de aleatorieadde; Mas não, a FIFA e a UEFA não querem saber disso e para além desse desequilíbrio notório, ainda o potencia e confina com o sistema de potes, à moda dos antigos fojos que os pastores usavam para caçar os malvados dos lobos que lhes apanhavam os mansos cordeirinhos. Assim, com este sistema de pirâmide, garante-se o direito de que a dois gatos mais fortes, cabem sempre um ou dois ratinhos tenros. 

Mas a quem incomoda isto? À maioria era vê-los, ontem, todos rejubilosos, no Algarve, a festejarem a cabazada ao Luxemburgo, como se fosse um jogo de hóquei em patins. Só lá faltava o Ronaldo para somar mais uns quantos.

Se o futebol competitivo é isto...